Bom dia. Após a inflação do Brasil surpreender positivamente ao vir menor do que o esperado, o radar dos investidores hoje está ligado à inflação norte-americana. Esta, por sua vez, pode mostrar um aumento forte, especialmente devido à alta do petróleo nos últimos tempos.
→ Calendário Econômico
Brasil
IBGE deve divulgar Pesquisa Industrial Mensal e BCB o Fluxo Cambial da semana.
Estados Unidos Hoje, os Estados Unidos divulgam o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) relacionado ao mês de agosto. As expectativas são de um avanço, especialmente devido ao preço do petróleo, que já subiu quase 25% desde o fim de junho.
→ NORD TOP 5 | Notícias do mercado
🚉Rumo (RUMO3) Rumo foca em crescimento de malha em Goiás e no Mato Grosso. No evento Cosan Day, na terça-feira (12), o CEO da operadora de logística ferroviária Rumo, Beto Abreu, afirmou que foi concluído em julho o último trecho da ferrovia entre Rio Verde e Anápolis, em Goiás, que vai permitir conectar o estado de São Paulo ao Maranhão. Para a companhia, é uma excelente oportunidade de focar no crescimento de seus resultados e elevar sua participação de mercado, que atualmente está em cerca de 40-50%.
📈IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, teve variação de 0,23% em agosto, após subir 0,12% em julho, informou o IBGE na terça-feira (12). Em 2023, a alta acumulada do IPCA está em 3,23%. Entendemos que o dado é bastante positivo, mas que o Banco Central continuará cauteloso para a descida dos juros diante de um arcabouço fiscal ainda em déficit com o planejamento das contas públicas.
🏨Oncoclínicas (ONCO3)
A Oncoclínicas divulgou uma parceria com a Unimed Recife Cooperativa de Trabalho Médico por meio da qual passará a coordenar toda a linha de cuidado ambulatorial oncológico e de terapias sistêmicas imunomediadas da empresa pelos próximos 30 anos. A estratégia de crescimento se mantém alinhada com o que a companhia busca, como fez com as parcerias de outros players como Unimed e Porto Seguro, e bastante positiva, dado que a Unimed Recife é hoje a maior operadora de saúde de seu estado.
🏗️Petróleo
As cotações do petróleo voltaram a subir com força na última terça-feira, após a Opep estimar déficit na oferta de 3,3 milhões de barris por dia, no 4º trimestre, por causa do corte de produção da Arábia Saudita. A notícia é bastante positiva para as ações de petróleo, dado que o volume de cortes trará uma apreciação do Brent, que de acordo com o mercado pode superar a marca de 100 mil dólares. Em nossas carteiras de investimento, damos prioridade para empresas como PRIO (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e Petrorecôncavo (RECV3).
📊Consignado INSS
O INSS voltará a liberar o empréstimo consignado aos cidadãos que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a medida é constitucional. O julgamento terminou ontem e a normativa deve ser publicada ainda hoje. O BPC é um benefício assistencial no valor de um salário mínimo, hoje em R$ 1.320, pago a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. A consequência macro desse ato poderá ser a elevação do índice de inadimplência no Brasil, que já atinge cerca de mais da metade das famílias, bem como a redução consequente do consumo e da atividade econômica.
A superdécada já começou
Em um mundo onde a população cresce a passos largos e o apetite se intensifica, o Brasil terá grandes oportunidades.
O mundo vai passar por mais uma grande transformação, e o Brasil está no topo para ser o grande fornecedor dessa demanda faminta.
A superdécada está apenas começando, e você pode fazer parte dela.
Uma fome do tamanho do mundo
Com o crescimento acelerado da população e uma classe média em ascensão, o apetite do mundo está aumentando.
População mundial entre 1963 e 2050. Fonte: Banco Mundial. Elaboração: Nord Research.
Nos próximos 10 anos, é esperado um crescimento de aproximadamente 700 milhões de pessoas, um aumento de cerca de 9% na comparação com 2023.
O crescimento da população mundial vem desacelerando nas últimas décadas, entretanto a proporção de pessoas saindo da extrema pobreza acelerou, como podemos ver abaixo.
Proporção da população mundial fora e em extrema pobreza entre 1900 e 2018. Fonte: Banco Mundial.
A redução da pobreza, a maior parcela da população nos centros urbanos e a ascensão da classe média na próxima década vão refletir em uma demanda maior por alimentos.
Êxodo rural e população por faixa de renda histórica e projetada. Fonte: Kepler e Banco Mundial.
Historicamente, o desenvolvimento econômico e social da população reflete em um consumo maior e melhor de alimentos. Para se ter uma ideia, entre 1960 e 2023, o consumo de carne pelos chineses passou de 3,8 kg/ano para 62 kg/ano.
Com o aumento do apetite do mundo por mais alimentos, o Brasil se destaca como uma superpotência do agro.
Brasil: o celeiro do mundo
O Brasil, com sua imensidão agrícola, se posiciona para ser o grande fornecedor dessa demanda global.
Posição por produção e exportação e share nas exportações globais por commodity. Fonte: FAO, OIC, USDA, ABPA, SECEX, ICAC e IBA. Elaboração: Nord Research.
Somos privilegiados no clima e na geografia. Além de uma imensa área agricultável, as chuvas e o sol na hora certa nos permitem produzir mais de uma safra por ano e, entre as potências agrícolas, somos os únicos com essa vantagem.
Mas não foi só por conta dos privilégios naturais que o nosso agronegócio chegou aonde chegou, os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa, universidades e empresas privadas contribuíram para o desenvolvimento do setor no Brasil.
Além disso, a abertura do mercado e a competição com o mundo intensificaram nossa busca por mais eficiência e maior produtividade.
Tudo isso refletiu em uma produção de grãos 4 vezes maior do que trinta anos atrás, com uma área plantada apenas 2 vezes maior.
Área plantada (marrom) e produção de grãos entre 1992/1993 e 2021/2022. Fonte: Conab. Elaboração: Nord Research.
Com a demanda crescente nesta superdécada, o posicionamento do Brasil é invejável.
Desafio para uns, oportunidade para outros
A demanda nos próximos 10 anos está faminta e o Brasil tem toda possibilidade de atendê-la.
Mas no Brasil nada é fácil, nossos gargalos em armazenamento e logística são relevantes, e a supersafra e os superpreços de 2021/2022 escancararam as nossas dificuldades.
Sem capacidade de armazenagem e de logística, os agricultores e as cooperativas precisaram estocar sua produção a céu aberto ou adiar as suas colheitas.
Notícia do G1 do dia 23/07/23. Fonte: Site G1.
O gargalo em armazenagem e logística não é novidade e, apesar de alguns avanços, o Brasil ainda precisa avançar mais para que adversidades não nos prejudiquem nesta superdécada.
Kepler: o silo do Brasil
No entanto, encontramos as melhores oportunidades nas adversidades. É aqui que a Kepler Weber brilha e quer aproveitar as oportunidades da superdécada.
Líder de mercado com mais de 30% do market share de armazenagem no Brasil, a Kepler quer continuar crescendo.
O Brasil possui um déficit de armazenagem, ou seja, a nossa produção cresce mais do que a capacidade de armazenagem.
Déficit de armazenagem no Brasil, por região e a capacidade instalada no mundo. Fonte: Kepler.
Nossa capacidade estática ainda é bem mais baixa quando comparamos com as grandes potências do agro mundial.
E, para a próxima década, mesmo com um cenário otimista, essa realidade não deve mudar.
Se a safra continuar com o crescimento histórico de +5% em média ao ano na próxima década, o déficit continua mesmo se o Brasil dobrar a venda de armazém ano a ano.
Produção de safras e capacidade instalada histórica e projetada. Fonte: Kepler.
A superdécada já começou e a Kepler Weber, uma joia do agronegócio brasileiro, está pronta para capturá-la.
Oportunidades nos ciclos
Como toda empresa exposta às commodities, a Kepler acaba sofrendo em ciclos de preços internacionais mais baixos.
Mas o crescimento histórico das safras brasileiras e o potencial através do déficit de armazenagem proporcionam uma boa visibilidade de crescimento para a Kepler no longo prazo.
Entendendo essa dinâmica, a companhia vem incrementando as receitas recorrentes nos últimos anos.
Participação por segmento na receita líquida. Fonte: Kepler.
Além do potencial de crescimento com a superdécada, a Kepler ainda deve lançar o projeto de locação de silos no ano que vem e está avaliando oportunidades de M&A.
Pilares para o crescimento futuro. Fonte: Kepler.
A superdécada já é uma realidade, assim como o papel crucial do Brasil como potência agrícola global.
E, no centro disso, a Kepler pode aproveitar todo o potencial de crescimento que essa década do agro brasileiro vai proporcionar.
Tudo isso negociando a apenas 4,6x Ebitda.
Ebitda 12 meses (azul) e EV/Ebitda (laranja). Fonte: Bloomberg.
Kepler é agro, é rentável e nos proporciona visibilidade de crescimento na próxima década.
Junte-se a nós para aproveitar as oportunidades da superdécada da Kepler e do Brasil.
Tempos difíceis para a Apple?
As ações da Apple caíram cerca de -1,8% na sessão de ontem, repercutindo o lançamento do novo iPhone 15, bem como do novo modelo do Apple Watch, e uma versão melhorada do fone de ouvido AirPods.
Em linhas gerais, os anúncios ficaram dentro dos rumores recentes e não animaram muito. Mais uma vez, a empresa apresentou algumas poucas inovações, mas nada que trouxesse grande ânimo aos investidores.
Como destaques, tivemos o anúncio do iPhone 15 e iPhone 15 Plus, com carregamento USB-C, a partir de US$ 799, e o iPhone 15 Pro e Pro Max, a partir de US$ 999. Outra revelação importante foi o novíssimo Apple Watch, feito com 95% de titânio e com bateria de 72 horas.
Talvez a grande novidade ontem, mesmo que pequena, tenha sido o anúncio do uso do chip A17, da Qualcomm e produzido pela TSMC, que é 20% mais rápido que o anterior. Ajuda, mas não é uma grande revolução.
O evento foi focado em produtos e deixou os investidores a ver navios no que diz respeito ao tema do momento — Inteligência Artificial. A empresa apenas citou algumas vezes que trabalha para desenvolver aplicações que façam uso da tecnologia, mas nada concreto foi anunciado, frustrando o mercado.
Dado que as ações acumulam forte alta neste ano, o “compra no boato e vende no fato” foi o que prevaleceu na sessão de ontem e tem sido o caso neste mês. Mais uma vez, a Apple inovou, mas muito pouco, ficando distante daquela empresa extremamente inovadora do passado.
Comandada por Steve Jobs, em 2007, a empresa revelou ao mundo uma revolucionária tecnologia, o iPhone 1. No lançamento do modelo, as ações da empresa valorizaram +8,1%, depois disso, a história mudou. Quando olhamos o desempenho das ações, em dias de lançamentos de produtos, de 2005 até 2022, fica em média negativa em -0,5%.
A Apple precisa de um novo Steve Jobs com urgência. A concorrência bate à porta.
A presente publicação visa única e exclusivamente fomentar a discussão dos temas apresentados e divulgar as atividades da Nord Research, não devendo sob qualquer hipótese ser compreendida como oferta de negociação de títulos, valores mobiliários ou produtos de investimento de qualquer espécie.
A redistribuição do presente conteúdo é autorizada, desde que citada a fonte.
Determinados conteúdos produzidos pela equipe da Nord Research podem constituir "Relatório de Análise", conforme definido no Art. 1º § 1º da Resolução CVM nº 20/2021. Quando for o caso, o/a/os/as analista(s) de valores mobiliários autor(a/es) do(s) respectivo(s) conteúdo(s) declara(m) que eventuais recomendações de títulos e valores mobiliários apresentadas constituem opiniões pessoais, elaboradas de forma totalmente independente e autônoma - inclusive com relação à Nord Research. Sob tal circunstância, ainda, o/a/os/as respectivo(a/s) analista(s) autor(a/es) do(s) conteúdo(s) se declara(m) responsável(is) pelo cumprimento do disposto no Art. 20 da mesma Resolução CVM.
Você está recebendo esta mensagem como parte da sua assinatura dos conteúdos gratuitos da Nord Research.